Além de Caldas Novas: 10 lugares diferentes para visitar em Goiás

No Nordeste do estado, entre os municípios de Guarani e São Domingos, o Parque Estadual Terra Ronca abriga um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul. A região é uma das maiores em números de cavernas e grutas, e tem colinas, rios com águas cristalinas e cachoeiras lindas.

Pesquisas científicas já comprovaram a existência de grutas com mais de 620 milhões de anos, na região de Terra Ronca. Ao todo, foram mapeadas mais de 300 cavernas, mas apenas 49 estão abertas e um número ainda menor disponível para os turistas. As mais visitadas são Terra Ronca I e II, Angélica, São Bernardo, São Vicente, São Mateus e Lapa do Bezerra.

Para explorar o interior dessas cavernas, é imprescindível a contratação de um guia. Lá dentro é uma escuridão sem fim e sem a orientação de um profissional experiente e os equipamentos de segurança, você pode facilmente se perder ou se machucar. Fora que só mesmo os guias sabem quais os melhores salões para ver o verdadeiro espetáculo das estalactites. Vale a pena! O Parque Estadual Terra Ronca fica a 440 km de Brasília e 640 km de Goiânia.

Se você gosta de belas paisagens, ecoturismo e aventura, um dos lugares que devem estar na sua lista para visitar em Goiás é Caiapônia. Distante 318 km de Goiânia e 549 km de Brasília, a cidade tem opções de programas cheios de adrenalina, assim como outros mais tranquilos. Tudo isso em meio a paisagens incríveis.

Da rodovia, você já vai avistar a Serra do Caiapó e, mais adiante, o Morro do Gigante Adormecido. Aos poucos, a paisagem vai revelando uma região repleta de serras e vales, com um relevo fértil propício para cachoeiras. São cenários naturais raros de ver, que enchem os olhos.

Entre as opções de passeios estão rapel, tirolesa e outros esportes radicais, além, é claro, de muitas trilhas e um bom banho de água doce. Alguns dos atrativos nos arredores da cidade são as cachoeiras da Samambaia, do Abóbora, Santa Helena 1 e 2, São Domingos e a Gruta das Águas Santas. A Cachoeira do Lageado é uma boa opção para quem quer tomar um banho tranquilo; a queda d’água é menor que as outras, mas o acesso é fácil e a infraestrutura nos arredores é boa.

Já pensou em conhecer a cidade que abriga a maior reserva de cristais do mundo? Cristalina fica a apenas 130 km de Brasília e a 282 km de Goiânia e já foi eleita uma das melhores cidades do Brasil para se viver. No quesito turismo, é um dos lugares mais diferentes para visitar em Goiás. Só lá você tem a oportunidade de conhecer um garimpo de cristais e extrair a sua própria pedra bruta do solo das jazidas.

Além disso, a cidade tem diversas cachoeiras, trilhas cobertas de cristais e um cartão-postal conhecido como Pedra do Chapéu. Trata-se de uma formação rochosa de toneladas apoiada em outra pedra por um ponto de equilíbrio mínimo. É um verdadeiro mistério, que intriga os visitantes! Logo ao lado fica o Adventure Park, lar da Lagoa dos Cristais. O lugar impressiona pelos vários tons de azul, resultado da incidência da luz nas águas cristalinas e do reflexo causado pela sedimentação rochosa.

Antes, a região era usada para garimpo — dessa fase, ainda restaram muitos cristais. A Lagoa dos Cristais tem pontos de até 30 metros de profundidade e é perfeita também para a prática de mergulho e de stand-up paddle. Atenção: para visitar o Adventure Park, é preciso agendar antes, pela internet.

Formosa é perfeita para quem tem o espírito aventureiro e curte boas doses de adrenalina. A 70 km de Brasília e 270 km de Goiânia, a cidade é privilegiada por ter em seus limites grandes maravilhas da natureza, como grutas, cavernas, cânions, lagos e inúmeras cachoeiras, além desítios arqueológicos.

Formosa abriga a cachoeira mais alta do Planalto Central, uma das maiores do Brasil: o Salto do Itiquira tem 168 metros de queda livre e fica em uma reserva formada por mirantes, corredeiras e mais 35 nascentes puríssimas de águas cristalinas, cenários impressionantes que valem a visita.

Outro atrativo bastante procurado é a Lagoa Feia. Ao contrário do que sugere o nome, trata-se de um lugar lindo, onde dá para praticar atividades como jet ski, stand-up paddle, canoagem, passeio de lancha e de pedalinho. Com sete quilômetros de extensão, a Lagoa chega aos cem metros de profundidade em alguns pontos. Não deixe de conhecer também o Buraco das Araras, com trilhas quelevam à caverna e a poços de água cristalina.

Conhecida carinhosamente como Goiás Velho, a antiga capital do estado foi fundada em 1729, no auge do ciclo do ouro. Desse tempo, ela preserva a arquitetura colonial em quase 100% de sua estrutura, o que, por si só, já é uma grande atração turística. Se você tem interesse por passeios culturais e históricos, então, esse é o melhor lugar para visitar em Goiás.

Antes chamada de Vila Boa, a bucólica e acolhedora cidade foi a capital de Goiás até 1937, quando a sede do governo foi transferida para Goiânia. Hoje, Goiás Velho é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, além de ser conhecida por ser a terra da poetisa Cora Coralina. O Museu Casa de Cora Coralina é um dos principais atrativos da cidade e preserva a memória da artista por meio de manuscritos e objetos pessoais.

Você também pode encontrar um vasto acervo de arte sacra nas igrejas da região, como o Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída no século 18, depois destruída e refeita na década de 1930. Dentro dela, há afrescos do italiano Nazareno Confaloni, idealizador da Escola Goiana de Belas Artes. E, na Semana Santa, acontece na cidade a tradicional Procissão do Fogaréu. Não saia de Goiás Velho sem provar o sorvete do coreto e o delicioso empadão goiano!

Alto Paraíso é a cidade mais procurada por quem quer conhecer a Chapada dos Veadeiros. Isso porque é a que tem a melhor estrutura de turismo e está mais próxima dos principais atrativos da região. Muitos acreditam que uma energia especial emana da chapada goiana, onde rios de água cristalina e montanhas criam uma paisagem encantadora, com mais de 120 cachoeiras catalogadas — e o número não para de crescer.

Distante 230 km de Brasília e 430 km de Goiânia, Alto Paraíso tem fácil acesso e abriga em seu território a Vila São Jorge, um distrito ao lado do portão do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que é considerado um Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, com trilhas, cachoeiras e piscinas rústicas de águas termais.

Além das belezas naturais, São Jorge e Alto Paraíso capricham também na gastronomia: há excelentes opções de restaurantes no estilo bistrô, incluindo muitos com pratos para veganos e vegetarianos. Se você prefere algo mais típico do cerrado, sugiro o Rancho do Waldomiro, um lugar na estrada que liga São Jorge a Alto Paraíso.

Lá, você pode provar a matula, um prato bem servido de feijão com linguiça, carne de porco da lata, arroz e mandioca frita. Na Chapada dos Veadeiros, vale a pena conhecer o Vale da Lua, uma impressionante formação rochosa esculpida pela força das águas do Rio São Miguel.

Na região sul de Goiás, há um hotel que por si só vale a viagem: é o Thermas Bonsucesso. Localizado em Jataí, a 300 km de Goiânia e 500km de Brasília, a hospedagem fica em uma extensa área verde e traz um clima de fazenda perfeito para quem quer fugir do corre-corre da cidade grande curtindo dias de muito sossego.

O maior destaque do hotel é o parque aquático com sete piscinas, incluindo quatro com águas termais, que ajudam a relaxar. Para os dias de sol mais forte, também há opções com água mais fresquinha, em temperatura ambiente. E os amantes de adrenalina vão adorar descer pelos toboáguas!

O hotel é tão completo, que os hóspedes encontram até mesmo uma cachoeira na propriedade. Os viajantes também aproveitam esportes aquáticos no Lago Bonsucesso e passeios a cavalo, e podem passear em um trenzinho que percorre o complexo. Para os pequenos, há ainda playground e brinquedoteca.

Outro hotel que por si só já vale uma viagem é o Rio Quente Resorts, um complexo situado na pequena cidade que lhe nomeia, ao lado de Caldas Novas. Por lá, o rio abastece inúmeras piscinas de águas naturais e quentinhas. A infraestrutura é enorme e não faltam atividades para entreter os visitantes.

No Parque das Fontes, piscinas e ofurôs relaxam os hóspedes em meio à paisagem natural do cerrado. No Lago de Águas Quentes, também dá para mergulhar e observar um cenário incrível ou curtir um passeio de  caiaque. De meia em meia hora, um ônibus leva os turistas para o Hot Park, parque aquático principal, cheio de atrações radicais.

São seis opções de hospedagem no Rio Quente Resorts; a mais tradicional é o Hotel Pousada, que conta com quatro espaços gastronômicos, incluindo uma pizzaria com forno à lenha. O Hotel Pousada ainda apresenta suítes familiares, que acomodam até quatro pessoas.

Considerada Patrimônio Histórico Nacional, Pirenópolis é um retrato vivo da história goiana. A cidade colonial apresenta belos cenários históricos, dezenas de cachoeiras e uma vida noturna movimentada. O maior e mais antigo monumento histórico do Centro-Oeste brasileiro fica lá: é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, construída em 1727.

As diferentes atrações fazem de Pirenópolis provavelmente o lugar mais eclético de Goiás. A cidade é destino de jovens que querem curtir a vida noturna, turistas que vão explorar as cachoeiras, viajantes que gostam de história e cultura, famílias em busca de descanso e casais buscando romantismo.

O charme de cidade do interior de Piri, como Pirenópolis é conhecida entre os goianos, com ruas de paralelepípedo, é irresistível. A Rua do Rosário, também chamada de Rua do Lazer, é tomada por restaurantes e bares que ocupam até mesmo o espaço que seria dos carros. Logo acima, a colorida e fotogênica Rua do Bonfim traz lojinhas de artesanato, doces e roupas, tudo com a Serra dos Pirineus ao fundo.

Dois museus também merecem uma visita: o das Cavalhadas, dedicado a essa cerimônia tradicional, e o Rodas do Tempo, com uma coleção de 140 veículos. As famosas cachoeiras ficam fora da cidade, a curtas distâncias de carro de Pirenópolis. Algumas das mais conhecidas: Cachoeira do Abade, Cachoeira Usina Velho e Cachoeira do Lázaro.

Todos os anos, entre os meses de maio e setembro, a seca diminui o volume das águas do Rio Araguaia, revelando praias muito convidativas. A cidade que mais aproveita esse privilégio é Aruanã. Combinado com as férias escolares, o mês de julho é o ápice da temporada do Araguaia. Nos bancos de areia, os viajantes encontram estruturas temporárias com bares, boates e até mesmo acampamentos feitos de palha.

A cidade fica a 315 km de Goiânia e 476 km de Brasília e costuma fazer sucesso entre as famílias, já que não faltam coisas para fazer por lá. Entre as atividades típicas da temporada estão o vôlei de praia, jet ski, banana boat e, claro, muitos passeios de barco. Na beira do rio, com toda essa estrutura, o tempo passa rápido! Com certeza, o tédio vai passar bem longe de lá.

Em outras épocas, a cidade é mais procurada para a pesca esportiva. E a variedade de peixes impressiona. Pintado, pacu, corvina, pirarucu e piranha são algumas das mais de 30 espécies que desfilam pelo Araguaia. Em Aruanã, também é possível conhecer a história da tribo indígena Karajá, que vive na região e vende lindas peças produzidas na tribo com materiais como coco, palha e argila. Reserve um tempinho para assistir com calma ao pôr do sol à beira do Araguaia -é um espetáculo fascinante!