10 experiências únicas para sua viagem para Fernando de Noronha (PE)

A maioria dos voos em Noronha costuma chegar a partir das 15h. Então, se eu fosse você, assim que chegasse à ilha, iria direto para algum lugar perto da sua pousada para ver o pôr do sol.

Se quiser ver o entardecer ao som de música ao vivo, vale ir a lugares como o Fortinho do Boldró (xote e MPB), o Bar do Meio e o Bar Duda Rei (voz e violão), além do Bar do Cachorro (com saxofone todos os dias, super romântico!). Caso você não queira gastar, dá para ir a algumas praias específicas, como a do Bode ou da Conceição, e estender a canga, levar uma bolsa térmica com quitutes e aplaudir o sol.

Antes mesmo de pisar na Esmeralda do Atlântico, é importante já agendar os passeios. O principal deles é o “Ilha Tour”, oferecido por várias empresas, entre elas a Atalaia Receptivo, uma das mais renomadas, a Primeiríssima e a Noronha Tour.

Pelo nome, já é possível distinguir: é um verdadeiro e único tour pela ilha. Nele, é possível conhecer os pontos mais bonitos e únicos de Noronha. E atenção: é preciso ter disposição, afinal o tour é bastante intenso, saindo às oito da manhã e voltando apenas após o pôr do sol.

É sempre bom levar umas bolachinhas e bastante água na mochila, afinal, o almoço é pago à parte e, para enganar a fome, os biscoitos são essenciais. Também não esqueça de um boné ou chapéu bem charmoso para tirar várias fotos, além de repelente e protetor solar (você vai perceber já no primeiro dia que parece que o sol fica mais perto em Noronha).

O passeio de barco é outra atividade maravilhosa e inesquecível em Noronha. Durante o trajeto, o guia vai explicando sobre todas as praias e o porquê do nome de cada uma delas. Por exemplo, tem a Praia do Cachorro, com uma pedra que parece um cão, e o famosíssimo Rugido do Leão, uma caverna onde as ondas do mar geram um eco que parece com um rugido.

Outro ponto alto do passeio é ver os golfinhos. Eles sempre andam em turma e essa é a única maneira de você vê-los tão de pertinho na ilha. Também é possível passar próximo ao Morro do Pico e o Morro Dois Irmãos, ambos os cartões-postais mais famosos da ilha. E acredite: eles são bem maiores vistos de perto!

O passeio normalmente vai até a praia mais bonita do mundo, a famosa Baía do Sancho. Lá, a embarcação para por cerca de 40 minutos para os tripulantes poderem mergulhar. Uma experiência incrível!

Por mais que você acabe conhecendo a Baía do Sancho em outros passeios guiados, é essencial voltar para lá e admirar com mais calma as belezas do local – que é frequentamente apontado como a praia mais bonita do mundo.

Existem duas maneiras para chegar ao Sancho: a pé ou de barco. Se optar pela primeira, é preciso caminhar 320 metros por uma ponte sustentável, feita de madeira reciclável. Após passar pelo Mirante Dois Irmãos e tirar a famosa foto entre eles, é chegada a hora de descer um paredão de 50 metros de altura com três escadas entre duas rochas.

Ao chegar na praia, o som da natureza, as águas incrivelmente cristalinas e os tons de azul e verde vão deixar você encantado pela área preservada. Lá, é o local perfeito para mergulhar com snorkel e ver as belezas marinhas que só Noronha tem. Recomendo ir na parte da tarde, hora boa para aproveitar o local com menos gente!

Que tal aproveitar as férias em Noronha para praticar esportes radicais? Uma boa opção é o rapel no Piquinho, que tem 188 metros de altura e fica ao lado do Morro do Pico, com seus 321 metros. Esse é o passeio ideal para os aventureiros de plantão ou pessoas que querem superar seus medos.

O ponto de encontro é na única empresa licenciada a fazer o rapel na ilha, a ATM Esportes. Ela fica localizada na Vila do Boldró, pertinho do projeto Tamar. Para quem está fazendo escalada pela primeira vez, o passeio se torna um pouco cansativo, mas vale a pena. É necessário subir um caminho entre árvores, formigas pequenas (chamadas de cafifas) e pedras para finalmente chegar no topo. Depois de descansar um pouco e ver a ilha por cima, chega a hora da aventura final: descer de rapel.

São 50 metros de rapel, que pode durar entre 2 e 20 minutos – isto depende do quão rápido for o estreante. O passeio é incrível, principalmente pela parte em que descemos o rapel com o pôr do sol. A sensação é indescritível. Existe momentos que é possível apoiar os pés, mas depois eles ficam livres, com as cordas comandadas pelas mãos. A descida é fantástica para contemplar a natureza que só a ilha tem.

Chegou a hora de conhecer as profundezas do oceano! Ir a Noronha e não fazer o mergulho de batismo é quase a mesma coisa do que ir ao Rio de Janeiro e não visitar o Cristo Redentor. Mas calma, não precisa ficar com receio da aventura.  Eu mesma, quando fiz, morria de medo do mar. Mas os instrutores (altamente capacitados!) fazem o mergulho de batismo ser inesquecível e seguro.

Quando cheguei pela primeira vez na ilha, em 2016, foi a primeira coisa que me sugeriram fazer. Mergulhei na conhecida “Boca do Inferno” – o nome é meio estranho, mas a caverna é literalmente um paraíso. De tão transparente que estava o mar, consegui ver arraias, muitas espécies diferentes de peixes, tartarugas marinhas e até moréia.

A profundidade máxima é de 12 metros e a experiência dura por volta de 30 minutos. O mais legal é que o ponto de mergulho só é descoberto na hora, por conta das condições da maré. Dá um friozinho na barriga, mas no fim tudo dá certo. Acaba que você nem vai querer sair de lá de tão bonito que é!

Se você estiver em Noronha nas quartas ou nos sábados, não esqueça de reservar uma mesa no mais famoso festival gastronômico da ilha, que acontece no restaurante da Pousada Zé Maria. O proprietário do local, Zé Maria, prepara uma mesa com mais de 40 itens, incluindo opções deliciosas de frutos do mar, carnes e comida japonesa. Ele também explica para os visitantes o que leva cada um dos pratos, tornando a experiência gastronômica ainda mais completa.

E, se eu fosse você, não perderia a chance de comer o prato da casa, a paella de frutos do mar. Ela fica bem no meio da mesa e é enorme.Também é bastante importante guardar um espacinho na barriga para experimentar as sobremesas fantásticas do festival.

Falando em comida, se você gosta da mistura de doce e salgado, vai adorar a sobremesa da lanchonete Submarino Amarelo, um quiosque que fica ao lado do Projeto Tamar, na Vila do Boldró. Quando é falado para as pessoas do que se trata a bolinha presente entre outros pães, todos fazem uma cara de surpresa. Mas como assim pão de queijo com goiabada?

Dá água na boca só de lembrar! É uma explosão de sabores, que lembra um pouco a famosa dupla Romeu e Julieta. Ou seja, não saia da ilha sem comer esse quitute especial.

Não podemos deixar de fora, claro, uma visita ao Projeto Tamar. Diariamente, a organização promove palestras sobre diferentes assuntos para os moradores e turistas. Essa é a experiência para você que gosta de saber sobre os detalhes do lugar onde passeia.

Todas as palestras começam às 20h e têm até uma hora de duração. Cada dia eles falam sobre um assunto diferente, como arraias, golfinhos rotadores, a geologia de Fernando de Noronha, tubarões, tartarugas e a própria história da ilha. A programação varia de acordo com a semana, portanto é importante conferir com eles os dias de cada palestra.

E, para finalizar, é impossível visitar Noronha e não curtir as noites de forró, samba e reggae – esteja sozinho ou acompanhado. A festa começa na quinta-feira, com o reggae na Praia da Conceição. Um ambiente livre na beira da praia, com música até tarde. Para chegar até lá é preciso passar por um caminho escuro com estrada de terra e alguns desníveis, então vale deixar o celular carregado para usar a lanterna no caminho.

Nas sextas e nos sábados, é de lei ir no Bar do Cachorro, que fica na Vila dos Remédios. É literalmente impossível você não dançar um xote agarradinho com alguém, mesmo não sabendo dançar. Entrou no Bar do Cachorro, alguém já lhe puxa para o arrasta-pé.

E no domingo não pode faltar o Samba do Nêgo Noronha, na Pizzaria Muzenza, que também fica na Vila dos Remédios. A festa começa às 22h e vai até às 2h, com muito samba e pagode.